FRATERNIDADE E FOME: “SENSIBILIZAR a sociedade e a Igreja para enfrentar o flagelo da fome FRATERNIDADE E FOME”.

FRATERNIDADE E FOME

“Dai-lhes vós mesmos de comer!” Mt 14,16

Fr. Tailer Douglas Ferreira, OSA

A Igreja no Brasil, desde 1964, por ocasião da Quaresma, nos conclama a viver a Campanha da Fraternidade (CF). Uma iniciativa que começou pequena, na Arquidiocese de Natal, mas que logo depois foi ganhando a adesão das nossas comunidades, chegando a congregar irmãos e irmãs de outras Igrejas Cristãs, haja vista as 4 edições ecumênicas já vivenciadas. Como um grande gesto concreto da Quaresma, a CF busca despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, exigência central do Evangelho; e renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária (todos devem evangelizar e todos devem sustentar a ação evangelizadora e libertadora da Igreja).

Diante desses horizontes, a cada ano, é proposto um tema específico que define a realidade concreta a ser transformada, e um lema, que explicita em que direção se busca a transformação. Para 2023 o tema escolhido foi “FRATERNIDADE E FOME” e o lema “Dai-lhes vós mesmo de comer!” (Mt 14,16). Apesar de já ter sido trabalhado em 1985, a CF volta a pautar o tema da fome e, nesta edição, tem como grande objetivo: SENSIBILIZAR a sociedade e a Igreja para enfrentar o flagelo da fome, sofrido por uma multidão de irmãos e irmãs, por meio de compromissos que transformem esta realidade a partir do Evangelho de Jesus Cristo.

A fome é, de fato, uma realidade de morte no Brasil: “…a cada cinco minutos, morre uma criança. A maioria de doenças da fome. Cerca de 280 a 290 por dia. (…) do total de 211,7 milhões de brasileiros e brasileiras, 125,2 milhões convivem com alguma insegurança alimentar (leve, moderada ou grave), dos quais mais de 33 milhões de pessoas enfrentam a fome em nosso país.”  (Texto-base CF 2023, n.16.22). Mas por que tanta fome se produzimos tanto?

As causas da fome no Brasil são várias, dentre as quais pode-se destacar: a histórica estrutura fundiária; uma política agrícola perversa que incentiva o agronegócio; o sequestro do sistema produtivo pelo sistema econômico financeiro; o desemprego e o subemprego, ou trabalho informal; a perversidade da política salarial; os comportamentos morais lamentáveis como o egoísmo e a busca pelo poder; e, por fim, o desmonte de todo o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). (Cf. Texto-base CF 2023, n. 27-35).

Duras são também as consequências da fome: a desestruturação das famílias, obrigando à separação através da migração forçada pela necessidade, a geração de violência no campo e na cidade, a perda do sentido da vida, doenças crônicas, a má nutrição, problemas de desenvolvimento e aprendizagem entre outros. (Cf. Texto-base CF 2023, n. 47-55).

Todavia, no meio de tanta morte, há já sinais de vida, de cuidado, de Páscoa. “Há muita gente lutando contra a fome no Brasil. Muitas são as Igrejas, os Movimentos Sociais, as ONGs e outras instituições empenhadas no combate à fome.” (Texto-base CF 2023, n. 72) Quem nunca ouvir dizer da Sociedade de São Vicente de Paulo, da Cáritas Brasileira, da Pastoral da Criança? De Projetos Produtivos Comunitários, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e Sem Terra? Ou ainda de Políticas Públicas e Programas Governamentais como Fome Zero e Bolsa Família? Todas, e muitas outras, iniciativas para dar pão a quem tem fome e fome de justiça a quem tem pão. (Cf. Texto-base CF 2023, n. 73-84)

E a nós, o que nos toca dessa dura realidade? Que palavra-ação ela desperta em nós? Não dá pra seguir caminho indiferente! “… nosso Brasil, terra rica, bela e abundante, cheia de um povo bom e solidário, não se parece ao Reino desejado por Deus e apresentado por Jesus. (…) Se assim fosse, a ganância, o individualismo, o domínio dos interesses individuais e, sobretudo, a fome não existiriam entre nós, ceifando vidas… não podemos deixar de sonhar o sonho de Deus. É preciso, levantar a cabeça e deixar que o projeto de Deus tome conta de nós e nos inspire como pessoas, como empresas, como comunidades fecundadas pelo evangelho da partilha, em vista de um mundo novo.” (Texto-base CF 2023, n. 96)

Que o tempo quaresmal, através da CF 2023, nos conduza a uma nova realidade, transfigurada pela Páscoa de Jesus, que veio para que todos tenham vida e vida em abundância!

CNBB DIVULGA NOTA EM QUE REPROVA INICIATIVA DO GOVERNO FEDERAL DE FLEXIBILIZAÇÃO DO ABORTO

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou na manhã desta quarta-feira, 18 de janeiro, uma nota na qual manifesta reprovação a toda e qualquer iniciativa que sinalize para a flexibilização do aborto a exemplo das últimas medidas do Ministério da Saúde, constantes da Portaria GM/MS de nº 13, publicada no último dia 13. 

A portaria permitiu a revogação de outra portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais. A Nota da CNBB pede esclarecimento do Governo Federal considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha e também sobre a desvinculação do Brasil com a Convenção de Genebra.

No documento, a CNBB reitera que “a hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz e reforça que é preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado Democrático de Direito e configura ataques à dignidade e ao bem-estar social”. Confira, abaixo, a íntegra do documento e aqui a nota em PDF. 

A VIDA EM PRIMEIRO LUGAR

Nota da CNBB

“Diante de vós, a vida e a morte. Escolhe a vida!” (cf. Dt 30,19)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não concorda e manifesta sua reprovação a toda e qualquer iniciativa que sinalize para a flexibilização do aborto. Assim, as últimas medidas, a exemplo da desvinculação do Brasil com a Convenção de Genebra e a revogação da portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais, precisam ser esclarecidas pelo Governo Federal considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha.

A hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz. É preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado Democrático de Direito e configura ataques à dignidade e ao bem-estar social.

A Igreja, sem vínculo com partido ou ideologia, fiel ao seu Mestre, clama para que todos se unam na defesa e na proteção da vida em todas as suas etapas – missão que exige compromisso com os pobres, com as gestantes e suas famílias, especialmente com a vida indefesa em gestação.


Não, contundente, ao aborto!


Possamos estar unidos na promoção da dignidade de todo ser humano.

Brasília-DF, 18 de janeiro de 2023

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

ESCOLA PAROQUIAL DE FORMAÇÃO LITÚRGICA

Início: 10 de agosto
Horário: 19h30
Local: Centro de Evangelização e Pastoral na Igreja Matriz (ainda em obras)
Duração da formação: Agosto a Novembro 2022

Assessor: Daniel Reis – Secretariado Arquidiocesano de Liturgia – SAL

Nos orienta o Papa Francisco: “amadureçam cada vez mais a compreensão da liturgia como fonte e ápice da vida eclesial e pessoal cheia de fraternidade” e se formem dessa maneira “na escola do Evangelho”.

Faça sua inscrição: https://forms.gle/roTeeusfY2LbwKUq7 ou se inscreva na Secretaria Paroquial.

NOVENA DOS ENFERMOS

Noite de Natal

Você conhece as Festas que celebramos no Natal?

CATEQUESE EUCARISTIA – 6

CATEQUESE EUCARISTIA – 5

CATEQUESE EUCARISTIA – 4

QUARESMA TEMPO DE CONVERSÃO, COMBATE ESPIRITUAL, JEJUM E ESCUTA DA PALAVRA DE DEUS