A Quaresma como Retiro Espiritual – Padre Márcio Pimentel, Secretariado Arquidiocesano de Liturgia
O Tempo Quaresmal é o mais exigente Retiro, com o qual devemos estar comprometidos, todos os anos. A Liturgia da Igreja reza e ensina que na Quaresma o Pai reabre para a Igreja “a estrada do Êxodo, para que ela (…) humildemente tome consciência de sua vocação como povo da aliança.”1
Essa oração estabelece a significação mais profunda do Tempo Quaresmal, situando-a no quadro do acontecimento pascal. Assim como o povo de Deus peregrinou quarenta anos no deserto após a libertação do jugo egípcio, purificando seus hábitos, atitudes, pensamentos, sentimentos e ações, a fim de que estivesse apto a firmar com Deus o pacto, também a Igreja caminha – espiritualmente – pelo deserto no intuito de ser restituída como povo da aliança. Durante este período, o deserto é recriado, sobretudo, mediante a sobriedade e silêncio nas celebrações e os quarenta anos expressos nos quarenta dias necessários à intensa penitência e conversão do coração.
Assim como se deseja que um Retiro Espiritual recrie o ânimo e o vigor no testemunho do Evangelho, a Quaresma orienta-nos para um profundo despertar do senso batismal, que se exprimirá na Renovação das Promessas Batismais realizadas na Celebração da Vigília Pascal, durante o Tríduo Sacro. A experiência da via quaresmal é fundamental para que, na fidelidade, a assembleia santa responda à exortação do Apóstolo: “Será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, fomos na sua morte que fomos batizados? (…) pois se fomos identificados a Jesus Cristo por uma morte semelhante à sua, seremos semelhantes a ele também pela ressurreição.”
É importante ressaltar que a morte de Cristo é um evento “filial” conforme comenta Françõis-Xavier Durwell.2 O autor compreende que seria sombrio demais atribuir a morte de Jesus à causa de nossos pecados, no sentido de que “Deus o colocou em lugar de nossos pecados, atribuindo a ele a culpabilidade universal, transformando-o na encarnação do pecado, ‘o homem feito pecado’. Jesus teria esgotado, por seus sofrimentos, as exigências da justiça divina, até a experiência do inferno, do abandono, da rejeição de Deus.”3 E essa teologia – superada – tem encontrado, de novo, espaço entre alguns bancos de nossas igrejas.
É superada porque a missão do Filho entre nós foi e continua sendo a condução de toda pessoa à dignidade de ser chamado “Filho de Deus” por adoção. Sua vitória sobre o pecado e a morte foi a condição sine qua non para que se chegasse a essa conclusão salvífica. Usando ainda a terminologia do autor, a morte de Jesus foi uma “morte glorificante” porque por ela seu Espírito nos foi comunicado, como muito bem nos relata João em seu Evangelho. E esse Espírito é Espírito de filiação.4 A morte de Jesus da qual participamos pelo Batismo, conforme nos lembra Paulo, significou sua entrada na plenitude do Pai. Quando celebramos – sobretudo na Quaresma em que acentuamos a dimensão de nossa mortalidade ou finitude – unimo-nos a Cristo nesta experiência e assumimos nEle e dEle a mesma dinâmica de passar deste mundo para o Pai. Morremos como ele morreu, para ressuscitarmos como Ele ressuscitou: como filhos no Filho. Filhos que assumem sua vida redentora. Assim, tem muita razão o mesmo Prefácio V da Quaresma: “é justo e necessário (…) louvar-vos, Pai Santo, rico em misericórdia, e bendizer o vosso nome, enquanto caminhamos para a Páscoa, seguindo as pegadas de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, mestre e modelo de humanidade, reconciliada e pacificada no amor.”
De fato, a Quaresma é o melhor e mais importante Retiro que um cristão deve experimentar.
Pe. Márcio Pimentel
Liturgista
1Prefácio da Quaresma
2Cf. DURWELL, Françõis-Xavier. A morte do Filho. O mistério de Jesus e do homem. São Paulo: Loyola, 2009, p. 20.3Idem, p. 17.
4Cf. Idem, p. 22.
Fonte: Arquidiocese de Belo Horizonte
QUARESMA TEMPO DE CONVERSÃO, COMBATE ESPIRITUAL, JEJUM E ESCUTA DA PALAVRA DE DEUS
PARA QUE VIVAMOS BEM A SANTA QUARESMA É NECESSÁRIO PREPARÁ-LA BEM!
MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2021
«Vamos subir a Jerusalém…» (Mt 20, 18).
Quaresma: tempo para renovar fé, esperança e caridade.
Queridos irmãos e irmãs!
Jesus, ao anunciar aos discípulos a sua paixão, morte e ressurreição como cumprimento da vontade do Pai, desvenda-lhes o sentido profundo da sua missão e convida-os a associarem-se à mesma pela salvação do mundo.
Ao percorrer o caminho quaresmal que nos conduz às celebrações pascais, recordamos Aquele que «Se rebaixou a Si mesmo, tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz» (Flp 2, 8). Neste tempo de conversão, renovamos a nossa fé, obtemos a«água viva» da esperança e recebemos com o coração aberto o amor de Deus que nos transforma em irmãos e irmãs em Cristo. Na noite de Páscoa, renovaremos as promessas do nosso Batismo, para renascer como mulheres e homens novos por obra e graça do Espírito Santo. Entretanto o itinerário da Quaresma, como aliás todo o caminho cristão, já está inteiramente sob a luz da Ressurreição que anima os sentimentos, atitudes e opções de quem deseja seguir a Cristo.
O jejum, a oração e a esmola – tal como são apresentados por Jesus na sua pregação (cf. Mt 6, 1-18) – são as condições para a nossa conversão e sua expressão. O caminho da pobreza e da privação (o jejum), a atenção e os gestos de amor pelo homem ferido (a esmola) e o diálogo filial com o Pai (a oração) permitem-nos encarnar uma fé sincera, uma esperança viva e uma caridade operosa.
1. A fé chama-nos a acolher a Verdade e a tornar-nos suas testemunhas diante de Deus e de todos os nossos irmãos e irmãs
Neste tempo de Quaresma, acolher e viver a Verdade manifestada em Cristo significa, antes de mais, deixar-nos alcançar pela Palavra de Deus, que nos é transmitida de geração em geração pela Igreja. Esta Verdade não é uma construção do intelecto, reservada a poucas mentes seletas, superiores ou ilustres, mas é uma mensagem que recebemos e podemos compreender graças à inteligência do coração, aberto à grandeza de Deus, que nos ama ainda antes de nós próprios tomarmos consciência disso. Esta Verdade é o próprio Cristo, que, assumindo completamente a nossa humanidade, Se fez Caminho – exigente, mas aberto a todos – que conduz à plenitude da Vida.
O jejum, vivido como experiência de privação, leva as pessoas que o praticam com simplicidade de coração a redescobrir o dom de Deus e a compreender a nossa realidade de criaturas que, feitas à sua imagem e semelhança, n’Ele encontram plena realização. Ao fazer experiência duma pobreza assumida, quem jejua faz-se pobre com os pobres e «acumula» a riqueza do amor recebido e partilhado. O jejum, assim entendido e praticado, ajuda a amar a Deus e ao próximo, pois, como ensina São Tomás de Aquino, o amor é um movimento que centra a minha atenção no outro, considerando-o como um só comigo mesmo [cf. Enc. Fratelli tutti (= FT), 93].
A Quaresma é um tempo para acreditar, ou seja, para receber a Deus na nossa vida permitindo-Lhe «fazer morada» em nós (cf. Jo 14, 23). Jejuar significa libertar a nossa existência de tudo o que a atravanca, inclusive da saturação de informações – verdadeiras ou falsas – e produtos de consumo, a fim de abrirmos as portas do nosso coração Àquele que vem a nós pobre de tudo, mas «cheio de graça e de verdade» (Jo 1, 14): o Filho de Deus Salvador.
2. A esperança como «água viva», que nos permite continuar o nosso caminho
A samaritana, a quem Jesus pedira de beber junto do poço, não entende quando Ele lhe diz que poderia oferecer-lhe uma «água viva» (cf. Jo 4, 10-12); e, naturalmente, a primeira coisa que lhe vem ao pensamento é a água material, ao passo que Jesus pensava no Espírito Santo, que Ele dará em abundância no Mistério Pascal e que infunde em nós a esperança que não desilude. Já quando preanuncia a sua paixão e morte, Jesus abre à esperança dizendo que «ressuscitará ao terceiro dia» (Mt 20, 19). Jesus fala-nos do futuro aberto de par em par pela misericórdia do Pai. Esperar com Ele e graças a Ele significa acreditar que, a última palavra na história, não a têm os nossos erros, as nossas violências e injustiças, nem o pecado que crucifica o Amor; significa obter do seu Coração aberto o perdão do Pai.
No contexto de preocupação em que vivemos atualmente onde tudo parece frágil e incerto, falar de esperança poderia parecer uma provocação. O tempo da Quaresma é feito para ter esperança, para voltar a dirigir o nosso olhar para a paciência de Deus, que continua a cuidar da sua Criação, não obstante nós a maltratarmos com frequência (cf. Enc. Laudato si’, 32–33.43–44). É ter esperança naquela reconciliação a que nos exorta apaixonadamente São Paulo: «Reconciliai-vos com Deus» (2 Cor 5, 20). Recebendo o perdão no Sacramento que está no centro do nosso processo de conversão, tornamo-nos, por nossa vez, propagadores do perdão: tendo-o recebido nós próprios, podemos oferecê-lo através da capacidade de viver um diálogo solícito e adotando um comportamento que conforta quem está ferido. O perdão de Deus, através também das nossas palavras e gestos, possibilita viver uma Páscoa de fraternidade.
Na Quaresma, estejamos mais atentos a «dizer palavras de incentivo, que reconfortam, consolam, fortalecem, estimulam, em vez de palavras que humilham, angustiam, irritam, desprezam» (FT, 223). Às vezes, para dar esperança, basta ser «uma pessoa amável, que deixa de lado as suas preocupações e urgências para prestar atenção, oferecer um sorriso, dizer uma palavra de estímulo, possibilitar um espaço de escuta no meio de tanta indiferença» (FT, 224).
No recolhimento e oração silenciosa, a esperança é-nos dada como inspiração e luz interior, que ilumina desafios e opções da nossa missão; por isso mesmo, é fundamental recolher-se para rezar (cf. Mt 6, 6) e encontrar, no segredo, o Pai da ternura.
Viver uma Quaresma com esperança significa sentir que, em Jesus Cristo, somos testemunhas do tempo novo em que Deus renova todas as coisas (cf. Ap 21, 1-6), «sempre dispostos a dar a razão da [nossa] esperança a todo aquele que [no-la] peça» (1 Ped 3, 15): a razão é Cristo, que dá a sua vida na cruz e Deus ressuscita ao terceiro dia.
3. A caridade, vivida seguindo as pegadas de Cristo na atenção e compaixão por cada pessoa, é a mais alta expressão da nossa fé e da nossa esperança
A caridade alegra-se ao ver o outro crescer; e de igual modo sofre quando o encontra na angústia: sozinho, doente, sem abrigo, desprezado, necessitado… A caridade é o impulso do coração que nos faz sair de nós mesmos gerando o vínculo da partilha e da comunhão.
«A partir do “amor social”, é possível avançar para uma civilização do amor a que todos nos podemos sentir chamados. Com o seu dinamismo universal, a caridade pode construir um mundo novo, porque não é um sentimento estéril, mas o modo melhor de alcançar vias eficazes de desenvolvimento para todos» (FT, 183).
A caridade é dom,que dá sentido à nossa vida e graças ao qual consideramos quem se encontra na privação como membro da nossa própria família, um amigo, um irmão. O pouco, se partilhado com amor, nunca acaba, mas transforma-se em reserva de vida e felicidade. Aconteceu assim com a farinha e o azeite da viúva de Sarepta, que oferece ao profeta Elias o bocado de pão que tinha (cf. 1 Rs 17, 7-16), e com os pães que Jesus abençoa, parte e dá aos discípulos para que os distribuam à multidão (cf. Mc 6, 30-44). O mesmo sucede com a nossa esmola, seja ela pequena ou grande, oferecida com alegria e simplicidade.
Viver uma Quaresma de caridade significa cuidar de quem se encontra em condições de sofrimento, abandono ou angústia por causa da pandemia de Covid-19. Neste contexto de grande incerteza quanto ao futuro, lembrando-nos da palavra que Deus dera ao seu Servo – «não temas, porque Eu te resgatei» (Is 43, 1) –, ofereçamos, juntamente com a nossa obra de caridade, uma palavra de confiança e façamos sentir ao outro que Deus o ama como um filho.
«Só com um olhar cujo horizonte esteja transformado pela caridade, levando-nos a perceber a dignidade do outro, é que os pobres são reconhecidos e apreciados na sua dignidade imensa, respeitados no seu estilo próprio e cultura e, por conseguinte, verdadeiramente integrados na sociedade» (FT, 187).
Queridos irmãos e irmãs, cada etapa da vida é um tempo para crer, esperar e amar. Que este apelo a viver a Quaresma como percurso de conversão, oração e partilha dos nossos bens, nos ajude a repassar, na nossa memória comunitária e pessoal, a fé que vem de Cristo vivo, a esperança animada pelo sopro do Espírito e o amor cuja fonte inexaurível é o coração misericordioso do Pai.
Que Maria, Mãe do Salvador, fiel aos pés da cruz e no coração da Igreja, nos ampare com a sua solícita presença, e a bênção do Ressuscitado nos acompanhe no caminho rumo à luz pascal.
Roma, em São João de Latrão, na Memória de São Martinho de Tours, 11 de novembro de 2020.
Francisco
Comunidade São José volta a celebrar presencialmente no dia 07 de fevereiro
Depois do retorno das missas presenciais nas comunidades da paróquia, a última a definir uma data e dar os encaminhamentos é a Com. São José. A comunidade volta a se reunir presencialmente no dia 07 de fevereiro às 09h30.
Na última segunda-feira, 25, o pároco Fr. Rodrigo Antônio, esteve na Comunidade avaliando como será aplicado o Protocolo de Segurança já em vigor na arquidiocese de Belo Horizonte e na paróquia.
“Graças a Deus nossas comunidades estão todas abertas, as celebrações continuam a ser feitas, seguindo as recomendações já conhecidas: medição da temperatura corporal na porta da igreja, uso de álcool em gel nas mãos, uso de máscara e o distanciamento físico entre as pessoas”, afirmou o pároco. O mesmo protocolo será seguido também na Com. São José.
Desde o ano passado, a orientação da Arquidiocese de Belo Horizonte para as paróquias é que sigam estes protocolos sanitários para evitar a proliferação do novo coronavírus. O documento emitido pela arquidiocese, EVANGELIZAÇÃO MISSIONÁRIA: UM NOVO TEMPO pode ser lido aqui.
Recordamos sempre aos irmãos e irmãs que tenham condição de ir presencialmente às missas devem fazê-lo, para, assim, cultivarmos sempre a fé na Palavra de Deus, em oração, em comunhão com a comunidade e participação na Eucaristia. Sem isso, nós ficamos fracos na fé e nos distanciamos da prática da vida cristã.
Para participar da Santa Missa na Matriz, basta pegar uma senha na secretaria paroquial. Nas comunidades eclesiais missionárias, encaminhar agendamento com a coordenação da comunidade.
Pároco se reúne com a coordenação dos MECE’s
Nesta quinta-feira, 29, o Fr. Rodrigo Antônio se reuniu com a equipe coordenadora dos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística (Mece’s) para tratar de vários assuntos dentre os quais destacamos: a participação dos Mece’s da paróquia nas celebrações no contexto da Pandemia, a importância do estudo do Diretório Litúrgico Sacramental da Arquidiocese, a elaboração de uma escala nas atividades pastorais de quarta-feira de cinzas (17 de fevereiro) e a participação dos ministros no dia de adoração eucarística na Matriz, conforme disposição dos mesmos, toda quinta-feira (a partir da quinta-feira, 18 de fevereiro, após as cinzas), das 07h às 18h30. A reunião foi no Centro de Pastoral (ainda em construção da Paróquia) com a presença dos membros da coordenação.
Dirigente do EJC realizam encontro virtual
Na última quarta-feira, dia 27, o pároco Frei Rodrigo Antônio, realizou encontro virtual com os dirigentes do Encontro de Jovens com Cristo – EJC Cristo Redentor. Após a oração inicial, frei Rodrigo convidou o grupo a partilhar o caminho realizado até aqui desde as últimas atividades de 2020 e como avaliavam o retorno de encontros e encaminhamentos que estão sendo realizados e previstos para o ano de 2021.
Com a escuta de todos os participantes, foi idealizado uma nova modalidade de acompanhamento dos jovens em pequenos grupos, articulando assim o trabalho pastoral além dos encontros já previsto para o primeiro semestre.
Os jovens estão empenhados no acompanhamento personalizado dos membros do EJC e contam com o apoio de toda a comunidade na condução dos trabalhos.
Pastoral da Sobriedade promove a recuperação de dependentes a partir da fraternidade cristã
As más companhias na adolescência contribuíram para que Eduardo Soares da Silva enveredasse por caminhos tortuosos. Experimentou álcool, cocaína, crack, maconha e outras drogas. Passava os dias se embriagando e se entorpecendo em festas ou em bares de Belo Horizonte. Sua mãe, Maria Aurora, sempre lhe pediu que parasse de se drogar, mas ele sempre se recusava a atendê-la. Depois de ser diagnosticada com uma hepatite C, que evoluiu para um câncer agressivo no fígado, sua mãe ficou com a saúde muito fragilizada, em 2004, mas sempre manifestava ao filho o seu desejo de que ele parasse de se drogar. Depois de uma noite na gandaia, Eduardo chegou à casa dele totalmente drogado e, vendo a mãe mais vulnerável ainda, resolveu que jamais se doparia novamente. A mãe pôde ter certeza da promessa cumprida e viveu mais 12 anos ao seu lado até 2016.
Pouco depois da promessa, Eduardo Soares passou a frequentar a Pastoral da Sobriedade na Paróquia Cristo Redentor, no Barreiro. “Perdi muito tempo da minha vida embriagando-me e fazendo consumo exagerado e drogas e só pensava em recuperar o tempo perdido”, disse Eduardo Soares, que se recorda de ter deixado de prestar auxílio a um irmão querido, que morreu devido a um câncer no cérebro. “Fiquei uns dois anos sem dar um abraço nele e poder dizer o quanto eu o amava. Nesse momento que ele mais precisava de mim, eu estava consumindo drogas”, recorda-se.
Atualmente, Eduardo trabalha como coordenador de Mobilização na BHTrans e, pela Pastoral da Sobriedade, faz palestras em que apresenta o seu testemunho de vida nas empresas, escolas e universidades. Esteve até mesmo em cidades do Mato Grosso (Vila Rica, São Félix do Araguaia e Santa Terezinha), no Rio de Janeiro, no estado de Goiás, em aldeias de índios Tapajós e Carajás e em cidades do interior de Minas Gerais, para narrar sua experiência de vida. “A droga está em toda a parte. As tentações são grandes, até mesmo quando o corpo do dependente fica em abstinência, mas com vontade e fé é possível superá-las”, conta Eduardo Soares.
Na Paróquia Cristo Redentor, no Barreiro, ele conheceu a esposa, com quem tem uma filha. Ele é pai de um enteado e possui ainda um filho de um relacionamento anterior. “Sempre digo para eles nunca se envolverem com nenhum tipo de drogas. E tenho certeza de que vão seguir um ótimo caminho”, ressalta. Na Pastoral, ele aprendeu que os agentes são multiplicadores de vida.
Coordenadora arquidiocesana da Pastoral da Sobriedade desde janeiro de 2019, Vilma Miranda Saraiva, 48 anos, diz que a grande missão da Pastoral é resgatar a vida daqueles que estão no caminho da morte. “Por meio da vivência dos 12 passos do Programa de Vida, oferecemos a oportunidade de mudança efetiva para os dependentes e suas famílias”, explica Vilma Miranda. Os dozes passos a que ela se refere são: admitir, confiar, entregar, arrepender-se, confessar, renascer, reparar, professar a fé, orar e vigiar, servir, celebrar e festejar.
A proposta da Pastoral da Sobriedade para os próximos meses, além de formar novos líderes, é fortalecer os vínculos entre os grupos existentes em várias paróquias da Arquidiocese de Belo Horizonte. “Estamos fazendo um cadastramento dos grupos para podermos enviar relatórios para a coordenação nacional da pastoral e, com isso, alimentar um banco de estatísticas de atendimento”, salienta a coordenadora.
Fonte: Arquidiocese de Belo Horizonte
CATEQUESE EUCARISTIA – 2
COORDENADORES DAS COMUNIDADES REALIZARAM REFLEXÃO SOBRE O PROJETO PROCLAMAR A PALAVRA
No último sábado, dia 23 de janeiro, pela plataforma digital Google Meet, o pároco Frei Rodrigo Antônio, se encontrou com os coordenadores das comunidades da paróquia, para refletir e dar encaminhamentos pastorais, visando o novo ano que estamos iniciando.
Durante o encontro, foi retomado o projeto de evangelização da Arquidiocese de Belo Horizonte ‘PROCLAMAR A PALAVRA’, com reflexão sobre o que já foi realizado ao longo de 2020, bem como o caminho que estamos assumindo em 2021, dando seguimento ao projeto de evangelização.
Foi acertado também os horários das celebrações na quarta-feira de cinzas em todas as comunidades eclesiais missionárias.